1 de Abril - sábado

Entramos num novo mês e sinto que o meu estágio não tá a ser o que esperava, mas tento rentabilizar o facto de estar numa cidade com imenso associativismo e participação. Em Portugal o número de associações também é elevado, mas é que muitas acho que não estão lá muito activas. Só existem praticamente no papel. Aqui muitas fazem realmente coisas, já que nas revistas e panfletos podem-se ver divulgadas várias actividades. E existem associações de todos os tipos e para todos os gostos. Há mesmo aquelas bastante curiosas, como uma associação de pessoas com apelidos de animais!
O que explica este número elevado de associações e actividades creio que é o carácter participativo, interventivo e reivindicativo que parecem ter os catalãos. É raro encontrar alguém que não pertença a nenhuma associação, seja ela a associação de vizinhos, uma associação de teatro, uma associação juvenil... Além do mais, em Barcelona há uma forte tradição reivindicativa, que começou talvez com a revolta social no final da ditadura franquista, protagonizada por onde anarquistas e outros grupos de carácter bastante critico e reivindicativo.
Mas em Portugal, apesar de termos também alguma história no que diz respeito ao movimento associativo, dado que também sofremos uma ditadura e daí advieram muitos mov

Aqui a oferta é tanta, as pessoas são reivindicativas por natureza, que talvez quem se queira envolver mais seriamente e activamente seja difícil. Pelo menos tem sido esse o meu problema. Tenho conhecido associações e projectos interessantes mas é como se sentisse que não fizesse falta aqui. E sinto mesmo falta de me envolver e implicar mais com algum colectivo e/ou projecto, sentir que faço parte do grupo, e que posso dar a minha contribuição.
Hoje eu e a Marlene fomos passear para o parque da Cidadela, talvez a área verde mais conhecida de Barcelona, bem no centro desta, um espaço fresco e agradável, onde se ouvem os passarinhos e se vêm papagaios à solta. Fomos com o intuito de nos sentarmos agradavelment

No final do dia fui com a Ana e Helena ao museu da história da cidade, aproveitando que a entrada era gratuita. Vimos ruínas do tempo dos romanos em Barcelona e pensei como é “estranho” imaginar que uma cidade já foi tão diferente do que aquilo que vemos agora, que quase não dá para conceber essa outra realidade.
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