UtupiAR: é urgente!

sexta-feira, abril 28, 2006

23 de Março - quinta-feira

Depois de visitarmos os dois espaços que a GATS gere, os dois “casais” de jovens, fizemos uma proposta de acção. No entanto, dado ao pouco tempo que nos resta cá e que poderemos intervir, e dado o facto de não conhecermos bem o grupo-alvo com quem vamos trabalhar, não é, na minha opinião, uma verdadeira actividade sócio-educativa. Quer dizer, é um começo para. É uma forma de aproximação dos jovens com o intuito de deixar algo. Assim, o que propomos são um quebra-gelo inicial, uma actividade sobre virtudes (à semelhança do que aprendi na oficina de não-violência) e um actividade manual (reutilização de embalagens tetra-packs).

Hoje os meus pais e irmão chegaram e vão ficar cerca de 5 dias. Já estavam com saudades, e eu apesar de elas não serem fortes, estava com vontade de os ver. É que já na Finlândia não sentia muitas saudades da minha família e amigos, isto é, não me dava vontade de chorar nem nada, porque me adapto bastante bem a outros países, vejo sempre as coisas como desafios. Mas por outro lado, dou muito valor e penso muito neles, em Portugal, no que não fiz lá, no que poderia melhorar. Às vezes sinto que até passo mais tempo a pensar nas minhas atitudes e forma de agir em Portugal do que em Espanha ou noutro país onde esteja. Fico com a sensação que penso mais no Passado e no Futuro do que no Presente. Mas é certo que tudo isso é por causa deste último.

A vontade de lhes mostrar a cidade e tudo o que me encantava nela era imensa. E agora com as árvores a florirem e tudo verdinho parece mesmo uma cidade encantadora. É que no início não conseguia compreender porquê o encanto mundial por esta cidade, achava que não era assim nada de especial, com poucos monumentos que justificassem tamanha admiração e uma cidade suja e confusa. Agora a minha opinião muda drasticamente e começo agora a ficar enfeitiçada por esta cidade.

Depois de irmos até a uma praça perto de casa que gosto muito (Praça da Concórdia) fomos até ao centro e por lá passeamos o resto da tarde toda.

Na Rambla do Raval, passámos por uma espécie de manifestação pequena, com mais jornalistas que participantes. Mas pareceu-me uma espécie de contra-manifestação contra o Botellón no Raval da semana anterior. Segundo o que li no jornal, os estragos foram imensos, muitos pequenos proprietários tiveram prejuízos e foram muitas as pessoas que não dormiram toda a noite. Assim, muitas das pessoas que até compreendiam os motivos da “manifestação” ficaram contra. É o tal problema de pôr tudo no mesmo saco. No entanto, não tenho nada contra esta contra-manifestação, até porque só vão demonstrar a essa minoria que “estragou” o protesto que estavam errados. Li no jornal que houve 68 feridos leves e 54 detidos no dia do Botellón!!! Os bombeiros receberam cerca de 200 chamadas e realizaram à volta de 50 saídas, enquanto as urgências receberam também mais de 100!

À noite vimos mais uma peça de teatro marionetas em Drassanes, onde também se juntaram a Marlene e as outras portuguesas. A peça chamava-se “Um kilo de judias” e sinceramente, não gostei muito. Valeu pela sua originalidade já que durante toda a peça uma mulher estava a cozinhar (a cozinhar de verdade) num lado do palco e no outro uma mulher estava debaixo de uma mesa que tinha um buraco no meio através do qual ela manipulava duas marionetas; no entanto, muitas vezes a mulher levantava-se e a mesa era como se fosse a sua saia e manipulava as marionetas de uma forma visível.



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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

:-)

10:33 da tarde

 

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