UtupiAR: é urgente!

segunda-feira, abril 24, 2006

16 de Março – quinta-feira

Hoje também aproveitei para ir de novo à Caixa Fórum, desta vez sozinha, ver um documentário inserido na mesma iniciativa. Chama-se “The Peacekeepers and the Women” que nos dava uma visão (aliás, duas) sobre como as forças armadas e as organizações políticas tenta resolver problemas como o tráfico de mulheres e consequente exploração sexual. Mostrou claramente como às vezes as campanhas de grandes organizações políticas, como a campanha “Stop” da Onu, não têm em conta as verdadeiras necessidades das pessoas e misturam diferentes contextos.

E como é quinta feira, fui ao centro cívico Drassanes ver mais uma das peças de teatro de marionetas, onde também acabei por vê-la sozinha por me ter desencontrado com a Marlene. No entanto, a peça valia mesmo a pena, já não me lembrava de assistido a algo tão original. Chamava-se “Micromental-World” de Zia Guantazo. A 1ª parte era teatro-clown onde apenas uma rapariga (bem vestida e com um nariz de palhaço) ía introduzindo o tema (materialismo versus relações humanas). Na 2ª parte deu-se o clímax da peça, onde a sala estava completamente escura e no palco uma estrutura negra nos deixava apenas ver 6 luvas brancas (com o auxilio de uma luz negra). 4 delas formavam uma cara, e outras duas as mãos de um corpo. Víamos assim uma personagem, que ao mesmo tempo que ouvíamos um determinado som, desaparecia num ápice e dava lugar a outra personagem (que igualmente só víamos cara e mãos, tudo “construído” através das mãos dos actores – que não víamos, porque estavam vestidos de preto). Era assim uma vultar personagem a tentar perceber porque não conseguia instalar o “amor” no seu coração. Telefonava assim para alguém da empresa (Micromental world) do site www.procuroamor.com (ou algo do género) a pedir auxílio. Do lado esquerdo da estrutura podíamos seguir o desenrolar da história: o envio de sentimentos (ficheiros) como a possessão e o egoísmo para a “reciclagem”, o coração a recuperar, e o fantástico final que nos diz algo como “o amor não pode ser mecanizado”. No fim o público não parou de bater palmas o que demonstrou que eu não fui a única a adorar! Estava bastante criativo e, no fundo, simples.

Um pormenor um pouco desconectado de tudo o resto: o CCCB (Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona) organiza “itinerários urbanos para oferecer uma visão critica às transformações da cidade de Barcelona e à sua área metropolitana e os novos desafios que se vão assumir: a coesão social, a herdade cultural, a regeneração ambiental, a qualidade do espaço público, as redes de comunicação, etc.; li num panfleto que recolhi no centro cívico. É incrível a quantidade de actividades educativas que esta cidade oferece.


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