12 de Março – domingo

Como à Marlene apetecia-lhe ficar a dormir mais um bocado e a mim não me apetecia ir sozinha para CanMasdeu, resolvi ir à tal festa do consumo responsável. A “II festa do consumo responsável” organizada pela “generalidade” de Barcelona, mais propriamente pela “agência catalã do consumo” (www.consumcat.net) cujo lema era “Tens molt, molt a prop” que penso significar algo como “tens muito, muito perto de ti”. Este é um dos conceitos que a câmara promove mais, não tanto pelo seu teor ecológico (pois ao consumirmos produtos locais estamos a encurtar a distância entre produtor e consumidor, anulando intermediários, menor transporte, e assim consumindo menos recursos e poluindo menos) mas penso eu que pelo seu teor económico. É que é uma forma de apoiar a economia local e fazer com que a região se torna ainda mais rica. Lembro de uma das oficinas presentes com uma espécie de puzzle cuja base era a região da Catalunha e as peças de encaixe vários produtos locais de cada região, onde cada jogador tinha de identificar que região produzia o quê. Eu pensava que era o mesmo jogo mas para toda a Espanha. Mas não, o que queriam transmitir é que se deve consumir o que é da Catalunha e só da Catalunha. É o reflexo do seu nacionalismo. É que temos que ter em conta que é uma festa organizada pelo governo da região autónoma da Catalunha, de esquerda nacionalista, e logo estas festas também têm muito de fachada e claro, de através de umas coisas promoverem outras.
Na festa, que se situava numa das praças principais da cidade, mesmo em frente à catedral, havia animação de rua, música, teatro, magia.... Havia dois palcos no local para o efeito, mas também algumas bancas de associações relacionadas com o consumo responsável e direitos do consumidor. Fiquei admirada de não haver quase nenhuma associação ecológica.
No resto do espaço, encontrávam

Mais 2 oficinas podíamos encontrar no espaço. Uma onde havia um painel grande com vários objectos desenhados e à parte um série de etiquetas que tínhamos de anexar aos objectos, de forma a compreendermos melhor as etiquetas e a termos a preocupação de as ler. A outra devia ser patrocinada por um jornal da Catalunha porque de um lado vários jornais, uma mesa, e várias folhas de jornais penduradas numa corda e do outro lado vários origamis feitos com folhas de jornais que as crianças iam fazendo com a ajuda dos monitores.
Todos estes workshops me pareceram bastante interessantes (uns mais que outros) mas não tive oportunidade para os perceber melhor porque eram dirigidos às crianças e os monitores estavam ocupados com estas. Mas descobri que essa tal Agência Catalã do Consumo tem uma escola do consumo responsável que recebem grupos escolares e outros grupos de crianças e jovens para participarem nas oficinas que realizam no espaço da agência em Barcelona. Tenho que enviar um e-mail a perguntar se posso visitar e se me podem explicar as oficinas.
A nível de informação, a que tinha mais visibilidade era a da Agência catalã do consumo, com bastantes painéis informativos. Distribuíam também uns panfletos (em anexo no Portfólio) dentro de um saco de plástico, que desde logo é pouco ecológico.
Outros pontos negativos foram o facto de ter sido a um domingo de manhã, onde havia mais turistas que pessoas locais, e de todas as bancas estarem a distribuir algum “brinde” o que fazia com que se aglomerasse um amontoando de pessoas só em busca do brinde e que incomodavam quem realmente estava também interessado na informação.
Mais para meio da tarde, depois de ter chegado a casa, fui com a Marlene dar um passeio a Montjuïc. É incrível como estamos aqui há quase um mês e nunca tínha

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